Nem precisa ser idoso para se acidentar em casa, basta pisar no pátio com o piso molhado que não é antiderrapante que um tombo pode acontecer... e lá vai um tornozelo torcido, uma clavícula deslocada ou quebrada. Se a pessoa for idosa muito provavelmente o acidente pode ser muito mais grave.
Imagine uma mesa de centro destas todas de vidro, o perigo que pode ser!! Uma vez eu estava numa loja olhando umas cadeiras aqui para casa e bati com tudo numa mesa de centro transparente . Morri de vergonha na hora, mas estava com atenção em outro móvel.
E como diz o ditado: Prevenir é melhor do que remediar!
Ter autonomia na terceira idade é ter qualidade de vida. Maior independência é maior qualidade de vida. Nesta correria do mundo de hoje nem sempre a família pode estar o tempo todo com os idosos.
Existem profissionais que se especializam neste nicho de mercado e o trabalho deles é fundamental para que a casa seja um lugar mais seguro aos seus moradores, prevenindo assim acidentes.
Flavia Ranieiri, arquiteta especialista com vários projetos adaptados para este público, nos deixa algumas dicas fundamentais para quem está pensando em reformar, construir ou adaptar sua casa para a chegada da terceira idade, facilitando assim o dia a dia.
"Mapeei fatores que parecem bobos ou irrelevantes, mas
trazem chances de um machucado na pele ou queda evitáveis. Um tombo pode causar
problemas de saúde irreversíveis e até mesmo levar à óbito", conta a
especialista. Com vários projetos adaptados, Flávia explica como os avanços
tecnológicos e arquitetônicos vêm se tornando grandes aliados na rotina desse
público.
Saiba dos 5 Riscos de acidentes mais comuns dentro de casa e suas soluções!
Risco 1 - Falta de luz adequada
Conforme a idade avança, a visão também envelhece e sofre
degeneração. Usar óculos é bastante comum, mas mesmo assim, não impossibilita a
limitação visual caso não esteja usando. Sem enxergar clara e nitidamente, ele
tem mais chances de tropeçar, escorregar e bater em móveis.
A solução:
Não tenha medo de exagerar no número de pontos de luzes.
Quanto mais, melhor. Abuse de pendentes, arandelas, abajures, luminárias de
mesa e spot de piso, que aumentam a iluminação de paredes, escadas e
corredores. Para esses pontos de apoios, prefira opções com dimer, que permite
o ajuste gradual da intensidade da luz. Para garantir o aconchego do ambiente,
a temperatura da cor deve ser entre 2400k e 3000k (branco quente).
Para quem puder investir, um sistema de automação pode ser
instalado para quando a pessoa se levantar do sofá ou da cama no escuro, uma
luz de vigília no piso é acionada, ajudando a se localizar e se deslocar, por
exemplo, até o banheiro.
Risco 2 - Quinas
Com o tempo, a derme, camada intermediária da pele, perde
elasticidade, hidratação e oleosidade. Isso resulta em uma pele mais fina,
frágil e mais vulnerável a machucados, infecções e doenças de pele em geral.
Uma simples esbarrada nas quinas dos móveis pode machucar a pele mais delicada.
E um simples machucadinho pode se tornar um grande problema.
A solução:
Aposte nas quinas arredondadas. Por não terem as temíveis
pontas, não ocasionam lesões mais graves. Se não puder trocar o móvel, em lojas
de produtos para casa é possível encontrar adaptadores de silicone, que são
facilmente acoplados nas quinas tradicionais e fazem o serviço.
Risco 3 - Pisos e tapetes
Escorregar no chão liso e tropeçar em tapetes são acidentes
comuns em qualquer casa. Em casas onde moram pessoas mais velhas, com a
mobilidade já comprometida, esses acontecimentos são mais recorrentes. Um piso
escorregadio e tapetes mal posicionados podem causar mais do que uma simples
queda.
A solução:
Pisos emborrachados e vinílicos antiderrapantes, por
exemplo, dificultam as quedas. Eles são encontrados em várias padronagens e
cores. Os tapetes têm uma função importante de acústica e limitação de espaço e
não precisam ser eliminados, apenas usados de maneira estratégica. Alinhe-os
com o piso, sem desnível, e só os posicione em lugares que garantam a
segurança, por exemplo, cobrindo todo o piso da sala, bem preso sob os móveis.
Risco 4 - Móveis não adaptados
Camas altas demais ou baixas exigem um esforço que nem todo
mundo tem quando atinge certa idade. Cadeiras com rodinhas podem virar e
derrubar quem estiver sentado. Bancadas baixas impedem o encaixe de uma cadeira
de rodas. Quando os móveis de uma casa não são adaptados para quem mora nela,
viver ali vira um tormento. Além de riscos à saúde, compromete a mobilidade do
morador.
A solução
Os móveis de uma pessoa com mobilidade reduzida precisam ser pensados em termos de altura, estabilidade e profundidade. Aposte em bancadas e mesas mais profundas onde caiba a cadeira de rodas, barras de apoio, poltronas ou cadeiras fixas. A cama deve ficar em uma altura onde a pessoa sentada consiga encostar o pé no chão e a perna faça um ângulo de 90º ao sentar.
Risco 5 - Cores homogêneas e falta de contraste
A percepção espacial também sofre mudanças com a idade. O
reflexo da luz no piso do banheiro pode alterar a percepção de profundidade e
causar confusão - e até uma queda. Objetos com a mesma cor em um mesmo ambiente
tendem a não serem vistos por completo, podendo provocar esbarrões ou tropeços.
A solução
Opte por elementos com contraste, cores vibrantes e formas
diferentes. Assim, os objetos da casa ficam mais visíveis e fáceis de serem
desviados.
Gostaram das dicas?
Eu gostei muito da questão das cores, um fator que eu desconhecia. Sobre a iluminação eu também achei maravilhosa.
Se você tiver mais alguma dica pra dividir conosco, deixe nos comentários por gentileza ;)
Eu gostei muito da questão das cores, um fator que eu desconhecia. Sobre a iluminação eu também achei maravilhosa.
Se você tiver mais alguma dica pra dividir conosco, deixe nos comentários por gentileza ;)
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